A porcentagem de mulheres no mundo da tecnologia ainda é pequeno, mas o futuro empolga! Veja o artigo da nossa #cloudspecialist Jessica Cardozo sobre o cenário do espaço feminino na TI!
Apesar do crescimento, as mulheres ainda continuam sendo
minoria em tecnologia. No entanto, felizmente encontramos cada vez mais
projetos para capacitação e inserção de mulheres e mães na área de TI. Não é
novidade que a mão de obra feminina sempre foi desvalorizada nessa área, mas
nos últimos anos percebemos uma movimentação para mudar esse cenário.
Mesmo com o aumento da presença feminina no mercado de
tecnologia, ainda percebemos que é muito difícil uma mulher se firmar nessa
área. De acordo com uma pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da
Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil deve chegar em 2025
com um déficit de quase 800 mil profissionais do setor.
As mulheres são mais capacitadas e o maior público com
graduação, e mesmo assim elas representam apenas 25% dos profissionais da área
de tecnologia no Brasil. Segundo a pesquisa da Aliança Mundial de Informação
sobre Tecnologia e Serviços, se houvessem mais mulheres na
indústria tecnológica, cerca de 9 trilhões de euros poderiam ser gerados no PIB
global!
É nítido a falta que as mulheres estão fazendo no mercado de
tecnologia, e perturbador saber quantos desafios elas enfrentam para atuar
nessa área. Mas o que está acontecendo? Quais são as barreiras que essas
mulheres estão enfrentando ao escolher o caminho tech?
O primeiro desafio enfrentado pelas mulheres que desejam o
mundo da tecnologia é a crença limitante de que o setor é apenas para homens,
esse é um pensamento antigo, mas que infelizmente ainda continua enraizado na
sociedade.
O segundo desafio é o ambiente de trabalho, que por ser
majoritariamente masculino, muitas vezes se torna desagradável, hostis e
machistas para as mulheres trabalharem. Esse tipo de ambiente atrapalha o
desenvolvimento, crescimento profissional e algumas vezes expõe essas mulheres
ao temido assédio moral.
O terceiro desafio é a desigualdade salarial entre homens e
mulheres que atuam na mesma função. Segundo estudo da Revelo, plataforma de
recrutamento em tecnologia, homens ganham em média R$ 1.000 a mais que as
mulheres, mesmo exercendo a mesma função. Em média, enquanto um homem recebe R$
7.300, uma mulher tem uma remuneração de R$ 5.900 exercendo a mesma função
dentro da empresa.
O quarto desafio enfrentando por mulheres de todos os
segmentos do mercado é uma outra crença imposta pela sociedade de que os filhos
são responsabilidades da mãe. Onde um homem quando é pai é intitulado um bom
candidato por ser um “pai de família responsável”, já uma mulher quando é mãe é
intitulada uma candidata ruim, pois “tende a faltar muito ao trabalho por causa
dos filhos”. Veja o quão injusta é a sociedade e o mercado em vários sentidos
se tratando de igualdade entre homens e mulheres.
Mais um ponto a se refletir é a questão da licença maternidade,
onde muitas empresas desprezam a contratação de mão de obra feminina porque em
algum momento aquela mulher pode se ausentar para se dedicar ao filho. Mas um
filho é responsabilidade só da mãe? Os primeiros meses de um filho é tão
importante para um pai quanto para mãe. Por que não oferecer a licença
paternidade por um período igual? Essa ação já quebraria a barreira infeliz de
que “uma mulher que planeja filhos não é boa para o mercado”.
Esses dados mostram que apesar de ser extremamente
importante a presença feminina na tecnologia, os desafios enfrentados por elas
ainda são muitos. Precisamos nos movimentar em busca de um cenário mais justo
para mulheres que anseiam não só pelo sucesso pessoal, mas também pelo profissional.
Não podemos mais fazer divisões de “trabalhos de homens e
trabalhos de mulheres”. As oportunidades devem ser dadas a todos, sem distinção
de raça, cor ou sexo. As mulheres merecem mais respeito, inclusão e menos
preconceito no mercado de trabalho como o todo e principalmente no de
tecnologia.
Atualmente temos várias empresas com iniciativas que oferecem
oportunidades de trabalho exclusivas para mulheres de TI. Isso é incrível! As
organizações estão finalmente compreendendo a necessidade de ter uma empresa mais
diversa em todos os aspectos, e a diversidade em tecnologia é alcançada por
meio de projetos focados na inclusão de mulheres em TI e espaços de trabalho
mais saudáveis com oportunidades e remunerações iguais para todos.
É preciso mudar a realidade nas organizações, o olhar
igualitário independente do sexo. Essa mudança deve começar dentro das
organizações e ir avançando como raiz sedenta por água pela sociedade.
O acesso a informações de qualidade, qualificações e o apoio
de iniciativas voltadas para mulheres vão trazer as profissionais que o mercado
de TI tanto carece.
Mulher é sinônimo de força e determinação, e na tecnologia
temos grandes mulheres que contribuíram muito com a tecnologia.
Mulheres na história da tecnologia
Augusta Ada King — Foi
uma matemática e escritora inglesa. Hoje é
reconhecida principalmente por escrever o primeiro algoritmo para
ser processado por uma máquina, a máquina analítica, o mais próximo do que
seria um computador do século XIX.
Ela desenvolveu os algoritmos que permitiriam à
máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma coleção
de notas sobre a máquina analítica. Por esse trabalho é
considerada a primeira programadora de toda a história. A contribuição e
representação das mulheres na tecnologia se tornaram imensuráveis desde então. Fonte
Wikipedia
Grace Hopper – Foi
almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos nas
décadas de 1940 e 1950, criadora da linguagem de programação de alto
nível Flow-Matic
– base para a criação do COBOL. Em 1954, Grace Hopper foi nomeada a primeira diretora de
programação automática da empresa. Seu departamento foi responsável por
promover algumas das primeiras linguagens de programação baseadas em
compiladores. Fonte Wikipedia
Hedy Lamarr – ‘Mãe’ da
internet sem fio escapou do regime nazista e ficou famosa em Hollywood. Fez uma
importante contribuição tecnológica durante a Segunda Guerra Mundial, uma co-invenção,
com o compositor George
Antheil, um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos que
serviu de base para a atual telefonia celular.
Em 1997, ela e George Antheil foram reconhecidos pela
criação do sistema de comunicação sem fio. Fonte Wikipedia
Katherine Johnson – Ela fez contribuições fundamentais para
a aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos, em especial em
aplicações da computação na NASA. Conhecido pela precisão na navegação
astronômica informatizada, seu trabalho de liderança técnica na NASA se
estendeu por décadas onde ela calculava as trajetórias, janelas de lançamento e
caminhos de retorno de emergência para muitos voos de Projeto Mercury,
incluindo as primeiras missões da NASA de John Glenn, Alan Shepard, o voo da
Apollo 11, em 1969, à Lua e trabalho contínuo por meio do programa dos ônibus
espaciais e sobre os planos iniciais para a missão a Marte. Fonte Wikipedia
“As garotas do ENIAC” – O cérebro por trás do hardware – O grupo reunia seis mulheres que foram as primeiras
“computers” da história da informática: Betty Snyder, Marlyn Wescoff, Fran
Bilas, Kay McNulty, Ruth Lichterman e Adele Goldstine.
O grupo era responsável pela configuração do ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Computer, o primeiro computador do mundo), dando a ele as instruções para realizar os cálculos necessários. Na época, os primeiros computadores dependiam da influência humana e de aparatos mecânicos para funcionarem. Logo se tornaram mulheres importantes na tecnologia. Fonte yncas.net
Carol Shaw — Nascida na
Califórnia (Estados Unidos) em 1955, Shaw sempre esteve na região do Vale do Silício e, naturalmente, foi
influenciada pela revolução tecnológica que ali aconteceu. Seu interesse pelos
videogames começou cedo, quando a jovem Carol costumava frequentar o minigolfe
de sua região, onde havia uma sala com jogos de arcades.
Após Formada em Ciências da Computação pela universidade de
Berkeley, Carol foi contratada pela Atari em 1978 “River Raid” foi um jogo
inovador para a época, recebeu diversos prêmios, inclusive foi eleito o jogo
mais desafiador pela revista InfoWorld em 1983. Ela se tornou a
primeira programadora de um game. Fonte Wikipedia
Jean E. Sammet – foi uma
cientista da computação americana que desenvolveu a linguagem FORMAC em 1962.
Se formou como bacharel em matemática pelo Mount Holyoke College em 1948 e como
mestra em matemática pela Universidade de Illinois em Urbana-Champaign no ano
de 1949.
Trabalhou por 27 anos
para a IBM, onde desenvolveu o FORMAC, a primeira linguagem de computador
amplamente utilizada para manipulação simbólica de fórmulas matemáticas. Fonte Wikipedia
Karen Spärck Jones – foi uma
cientista da computação britânica que foi responsável pela criação do conceito
da frequência inversa de documentos, uma tecnologia que sustenta os mecanismos
de buscas mais modernos.
Em 2019, o The New York Times publicou seu obituário tardio em sua série Overlooked, chamando-a de “a pioneira da ciência da computação para trabalhos combinando estatísticas e linguísticas, e uma defensora das mulheres neste segmento”.
Fonte: Wikipedia
Radia Perlman – é uma cientista da computação estadunidense,
projetista de software e engenheira de redes. É algumas vezes referenciada como
a “mãe da Internet” por sua invenção do protocolo Spanning Tree
(STP), fundamental para a operação de pontes de rede, mais conhecida por
bridge (redes de computadores), enquanto trabalhava para a Digital Equipment
Corporation. Ela também fez grandes contribuições para muitas outras áreas de
design e padronização de redes, como os protocolos de roteamento link-state.
Fonte: Wikipedia
Frances Elizabeth “Fran” Allen — foi uma
informática estadunidense e pioneira no campo de otimização de compiladores.
Suas realizações incluem trabalho influente em compiladores, otimização de
códigos e computação paralela. Ela também teve um trabalho de inteligência em
linguagens de programação e códigos de segurança para a National Security
Agency. Fonte Wikipedia
Susan Kare – Criadora das interfaces gráficas e dos ícones
do sistema operacional do Apple Macintosh, o Mac OS, original de 1984, que
lançaram as bases da linguagem visual que permite mover-se em um dispositivo
clicando nas imagens.
Ela foi uma pioneira da pixel art e ficou conhecida como
“woman who gave the Macintosh a smile” (a mulher que deu um sorriso ao
Macintosh), uma referência ao ícone de smile que iniciava o sistema operacional
desses computadores. A linguagem visual de Susan influenciou o design de
diversos sofwares e algumas ferramentas criadas por ela são usadas até os dias
de hoje como por exemplo a “lixeira”, o “balde de tinta” e
a “mãozinha”. Fonte Wikipedia
Lugar de mulher é onde ela quiser, e se ela quer TI, ela vai
para TI! Basta lembrar dessas grandes mulheres que fizeram histórias e outras tantas que estão transformando o mercado de tecnologia hoje. As mulheres podem
e vão contribuir para a evolução tecnológica do nosso país e do mundo! Mas é
preciso abrir as portas e deixar que elas tomem conta do espaço que sempre foi
delas!
Deixo essa mensagem para você mulher que está lendo este
artigo e refletindo sobre o mercado de TI.
“Não desanime! Você pode contribuir para termos cada vez
mais mulheres em tecnologia. Precisamos de você!”
A Darede é uma das empresas de tecnologia do Brasil que está
lutando constantemente pela inclusão de mais mulheres em tecnologia. Ofereceremos
um ambiente mais diversos, saudável e transformador para nossos colaboradores.
E estamos sempre buscando mulheres, independente de raça, credo e idade, para
fazer parte do nosso grande time.
Gostou? Quer fazer parte da melhor empresa de tecnologia para se trabalhar no Brasil? Fique de olho em nossas vagas e se aplique para elas. Se preferir me chame no LinkedIn que terei o prazer em bater um papo com você.
Se você for a única mulher no time e não encontrar o suporte de uma amiga quando começar… trabalhe para ser o apoio da próxima que entrar.”
O mercado de tecnologia espera por você mulher, só vem!
Referências:
https://www.alura.com.br/artigos/mulheres-historia-tecnologia-programacao
jessica.alves@darede.com.br
Jessica Cardozo é uma profissional de cloud que está se especializando na cultura FinOps. Atualmente é Assistente de Infraestrutura Cloud na Darede, possuindo certificações tanto em AWS e quanto em Microsoft Azure. Jessica também possui a certificação FinOps Pratictioner e tem participação ativa no fomento da cultura FinOps em nosso País.